domingo, 16 de março de 2008

Concordando

Concordando com Fr Falgus, as pessoas ao iniciarem seus estudos e pratica do ocultismo, devem ter cuidado para não cairem na ilusão de que deve-se apenas ler e utilizar os simbolos para mostrarem que sabem sobre o assunto, na verdade o conhecimento do oculto vai muito alem disso, tem que se estudar e ter consciencia da utilização do mesmo, nao deve-se nunca utilizar qualquer forç oculta para o mal, eu particularmente, como estudiosa e praticante da bruxaria pagã, digo estudo e dedicação é a chave do aprendizado.

Deusa da Lua, e Fr Falgus desvendaremos aos poucos os misterios do oculto.

Fraternalmente....

sexta-feira, 14 de março de 2008

Pequenas divagações

O presente estudo visa tentar clarear a idéia que os estudantes têm sobre esoterismo, ocultismo, misticismo e todos estes “ismos” tão em conta com o advento do Novo Eon (Graças te damos Ó Grande Deus Falcão).

Primeiramente precisamos clarear o que vem a ser “eSoterismo” e que muitas mentes menos esclarecidas (jovens que não sabem com o que brincam) acabam grafando como “eXoterismo” sem nem mesmo perceber que mudaram completamente o sentido da palavra, talvez isso se dê por pura ignorância ou até mesmo por acharem que com “X” fica mais bonito, vai saber o que se passa na cabeça dessas pessoas.

Esotéricos significam “os de dentro”, o termo começou a ser usado primeiramente pela escola pitagórica significando aqueles discípulos que estavam prontos e tomavam instruções diretas com o Mestre Pitágoras em seus aposentos próprios, naquela escola então encontrávamos os esotéricos e exotéricos, os de dentro e os de fora.

Acabando com essa confusão chegamos uma outra polêmica, muitos atualmente se intitulam místico, outros bruxos, alguns ocultistas e outros que provavelmente não são nem mesmos meros neófitos se dizem magos. Afinal de contas o que estes termos querem dizer?

Primeiramente vamos tentar clarear a idéia do que seja um bruxo, podemos chamar de bruxo todo aquele que se utiliza de algumas fórmulas pré-estabelecidas para causarem certos efeitos, geralmente tais fórmulas envolvem a utilização de plantas, algumas vezes sacrifício de animais e etc., o ponto central é que o bruxo geralmente não tem noção de como estas coisas funcionam, ele apenas segue um padrão pré-determinado por alguém que o instruiu nesta arte, na idade média muitos deles foram queimados, mesmo aqueles que utilizavam destas fórmulas para curarem a seus irmãos (para trás ficou os tempos do Deus Sacrificado, Glória te damos Ó Deus Falcão).

A palavra “místico” atualmente é muito usada, pessoas que não gostam das instituições religiosas comuns e correntes se voltam contra este sistema e passam a ter uma visão de “Deus” de uma forma diferente, a grande maioria destas pessoas se auto-intitulam de místicos, um grande autor já consagrado, Nosso Tio I.R. afirmava que o misticismo englobava o ocultismo, temo em discordar desta idéia, todavia assim o farei. Atualmente vemos várias escolas que se dizem escolas místicas, muitas ordens assim se intitulam e vemos em seus membros o místico mediano, o místico mediano a quem me refiro é o que podemos chamar de “místico de fim de semana”, nos fins de semana ele se une com seus irmãos e comungam de uma “egrégora mística”. O místico em sua grande maioria tenta traçar o que chamamos de via cardíaca, buscando a divindade dentro de si e também em tudo o que existe, caracterizando assim quase todos (prestem atenção, digo quase) como panteístas. O místico na busca de encontrar o Deus de seu coração geralmente consegue chegar à esfera de Tipheret (somente os mais dedicados chegam), todavia este não consegue se desvincular desta, pois aprendeu em todas as obras de seus pares que lá estava o Absoluto, o Deus dos Deuses e etc., ele de certa forma está certo, todavia ainda continua com o seu sentimento dualístico Eu-Deus.

O Ocultista é aquele que tenta chegar mais longe, ele alcança Tipheret, dá graças ao Senhor por esta consecução (Glória te damos Ó Deus Falcão), porém ele sabe que enquanto existir qualquer resquício de dualismo em sua mente não terá se unido completamente ao Um-Todo-Nada, por isto ele junta todas as suas forças e parte para a segunda parte de sua missão, pois a primeira ele já completou, com toda a coragem e um forte desejo ele alcança esferas mais elevadas. Há um momento em que o agora Iniciado (no nosso sistema um Adeptus*) alcança seu grande desafio, ele terá que decidir sobre a sua entrada no Abismo para poder renascer novamente do Útero de Nossa Senhora (Glória a Nossa Senhora das Estrelas em Teu Santo Nome!), se ele assim conseguir será então um Magus em nosso sistema e um Iniciado por toda a Eternidade.

Não estamos tentando mostrar neste ensaio que um místico não conseguiria chegar a tal estágio, a história nos mostra que se falássemos tal coisa seríamos as vítimas de observadores mais preparados que lêem em Santos Livros a história dos mesmos. Mas atualmente o estudante de uma “escola de misticismo” terá que muitas vezes ir contra o preconceito de seus pares e aceitar novas idéias para poder chegarem à tamanha conclusão em sua Obra.

Realmente não acreditamos que seja a Ordem, Escola ou qualquer instituição que vai decidir o destino do “estudante” e sim o seu Desejo, a sua própria Órbita traçada no Grande Céu de Nossa Senhora do Espaço, como disse certa vez o Filosofo Desconhecido: “O primeiro princípio da ciência que cultivamos é o desejo”. Então como verdadeiros Deuses devemos aceitar nosso destino como Estrelas e nos lançarmos à busca de Nossa Órbita.



Texto editado com o único intuito de fazer os probacionistas e demais estudantes a refletirem.

Lux et Tenebris

Glória ao Senhor da Luz e ao Senhor das Trevas

Que Sírius Brilhe em vós

Frater P.´.
* Sistema da Ordo Magus Illuminati Sírius com seus 3 graus internos, a saber: Neóphitus, Adeptus e Magus.